
Foto: Pixabay/Ilustrativa
Avião da Boeing pode ser mais econômico que carro popular e trens
Comparativo analisa custos operacionais de um Boeing 737 em relação a automóveis e transporte ferroviário no Brasil
Uma análise de custos realizada a partir da simulação de rotas nacionais revelou que um avião Boeing 737-800 pode apresentar custo operacional por passageiro menor que o de um carro popular e, em alguns casos, até do transporte ferroviário.
No comparativo, considerou-se um voo partindo de Confins, em Minas Gerais, para Teixeira de Freitas, na Bahia, frente a uma viagem equivalente por automóvel. O cálculo levou em conta o gasto com combustível, desconsiderando eventuais situações como voos alternativos para outros aeroportos ou períodos de espera no ar, assim como engarrafamentos ou paradas em estradas para os automóveis.
O Boeing 737-800 necessitou de aproximadamente 4.500 a 4.600 litros de combustível para realizar o percurso, com o querosene de aviação (QAV) sendo cotado a R$ 5,30 o litro. Com esses parâmetros, o custo para abastecimento ficou na casa de R$ 9.785,86. O tempo de voo foi estimado em uma hora e poucos minutos.
No mesmo percurso, um carro popular modelo Opala Diplomata exigiria cerca de 75 a 76 litros de gasolina, com o deslocamento levando aproximadamente de 10 a 11 horas de viagem.
A análise também levou em conta o número de passageiros transportados. Um Boeing 737-800 pode acomodar cerca de 186 passageiros em sua configuração mais comum. Ao dividir o custo do combustível do avião entre todos, o valor individual torna-se inferior ao gasto de um único motorista no carro popular para o mesmo trajeto.
Além da vantagem no tempo de deslocamento, a eficiência do avião em termos de custo por passageiro demonstra como, em determinadas condições e escalas, a aviação comercial pode se mostrar competitiva frente a modais considerados mais econômicos, como carros populares e trens, principalmente em longas distâncias.
Mesmo com o alto valor absoluto do combustível para o avião, a diluição desse custo pelo número de assentos gera um cenário em que o avião apresenta custos proporcionais menores. No entanto, é importante ressaltar que o cálculo considera apenas o valor do combustível e não leva em conta outros custos operacionais, como manutenção, taxas aeroportuárias, depreciação dos veículos, pedágios rodoviários, serviços a bordo e infraestrutura ferroviária.
A matéria aponta ainda que a comparação se refere exclusivamente ao consumo descrito no percurso específico e nas condições simuladas, servindo para ilustrar como a relação entre capacidade de transporte e custo energético impacta diferentes meios de deslocamento.
Fonte: Canaltech