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Vendas trimestrais de carros da BYD caem pela primeira vez desde 2020

A produção também acompanhou a tendência de desaceleração, apresentando uma redução de 8,47% nas grandes fábricas da montadora durante o mês de setembro.

BYD Dolphin Mini. Foto: BYD

BYD Dolphin Mini. Foto: BYD

Pela primeira vez em mais de cinco anos, a BYD registrou uma queda nas vendas trimestrais de veículos híbridos e elétricos. Segundo cálculos realizados pela Reuters, com base em documento divulgado pela própria empresa nesta quarta-feira (1º), as vendas no terceiro trimestre de 2025 tiveram uma retração de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram comercializadas 1,106 milhão de unidades entre julho e setembro, conforme dados oficiais da companhia.

Desaceleração marca novo momento para o mercado automotivo chinês

O resultado negativo do terceiro trimestre representa o primeiro recuo trimestral desde o segundo trimestre de 2020, período marcado pelos impactos econômicos do surto de Covid-19. Em setembro de 2025, as vendas mensais da BYD foram ainda menores, alcançando 5,88% a menos veículos vendidos em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo registros da empresa, esta foi a primeira queda mensal desde fevereiro de 2024.

A produção também acompanhou a tendência de desaceleração, apresentando uma redução de 8,47% nas grandes fábricas da montadora durante o mês de setembro. A diminuição da produção reforça o cenário de desaquecimento observado nas principais unidades industriais da BYD.

A intensificação da competição e o impacto no planejamento da BYD

Especialistas apontam que a desaceleração nos resultados da BYD sinaliza o possível encerramento do ciclo de expansão recorde da empresa, estimulado por seguidos incentivos do governo chinês ao segmento de veículos elétricos. O contexto atual é marcado por uma guerra de preços cada vez mais acirrada, o que cria dificuldades adicionais para a BYD manter sua competitividade no maior mercado automotivo global.

Diante do cenário menos favorável, a BYD revisou suas metas de vendas para o ano de 2025. A companhia reduziu o objetivo em até 16%, totalizando uma nova projeção de 4,6 milhões de veículos para este ano, conforme informações anteriores divulgadas pela Reuters. Esta informação foi confirmada pelo gerente-geral de marca e relações públicas, Li Yunfei, ao jornal South China Morning Post.

Contexto histórico e comparativo

A retração verificada neste terceiro trimestre de 2025 é a primeira desde os impactos diretos causados pela pandemia de Covid-19 em 2020, evidenciando uma mudança significativa no ritmo de crescimento da empresa. Durante os últimos anos, o desempenho da BYD foi fomentado por políticas públicas voltadas à ampliação do uso de veículos elétricos, impulsionando a marca a se consolidar como liderança no segmento chinês de automóveis.

Atualmente, os desafios do setor estão centrados na manutenção da competitividade em um ambiente de intensa disputa por preços e fatia de mercado, sobretudo diante do arrefecimento de incentivos governamentais e da saturação do segmento elétrico na China.

Fonte: G1 – Dinheiro Sobre Rodas

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