
A nova Ram Dakota sai da linha de montagem em Córdoba, Argentina, para inspeção final.
A Stellantis, conglomerado global responsável por marcas como Ram, Fiat e Jeep, já iniciou oficialmente a produção da nova Ram Dakota na unidade de Córdoba, na Argentina. A picape, que carrega um nome tradicional no mercado brasileiro, volta ao portfólio local depois de anos ausente, agora como protagonista do novo polo de picapes médias da Stellantis na América do Sul.
Produção e mercado
O processo produtivo da Ram Dakota está ocorrendo no Polo Automotivo de Córdoba, que se consolidou como hub regional para a fabricação de picapes da Stellantis. De acordo com o anúncio oficial, o lançamento comercial da Dakota no Brasil está previsto para o início de 2026, após ser apresentada com exclusividade na Argentina.
A chegada da nova Dakota ao Brasil deve ser destaque do Salão do Automóvel de São Paulo, marcado para novembro de 2025, reforçando o posicionamento competitivo da Ram no segmento de picapes médias brasileiro. O retorno do icônico nome Dakota é visto como parte de uma estratégia global da Stellantis, aproveitando a tradição da marca e a crescente demanda por modelos robustos e tecnológicos no mercado nacional.
A produção da Ram Dakota é fruto de um investimento de mais de R$ 2 bilhões no complexo fabril argentino, que também já produz a Fiat Titano para o Brasil. A escolha do Polo de Córdoba como centro produtivo destaca a importância da Argentina no planejamento regional da Stellantis, especialmente para modelos que exigem robustez e adaptação às necessidades dos consumidores brasileiros e de outros países vizinhos.
Características técnicas
A nova Ram Dakota compartilha plataforma e mecânica com a Fiat Titano, porém, a marca promete entregar um produto mais sofisticado, tanto em acabamento quanto em tecnologia. Sob o capô, o único motor anunciado até o momento é o turbodiesel 2.2 Multijet II, de quatro cilindros, com 200 cv de potência disponíveis a 3.750 rpm e torque de 45,9 kgfm a partir de 1.500 rpm. O motor é acoplado à transmissão automática ZF de oito marchas, com tração 4×4 sob demanda.
Em termos de desempenho, a Ram Dakota atingirá uma aceleração de 0 a 100 km/h em aproximadamente 10 segundos, patamar semelhante ao da Titano, o que demonstra o compartilhamento técnico entre ambos os modelos. A capacidade de carga útil anunciada para a picape é de 1.020 kg, com a caçamba oferecendo 1.109 litros de volume. Para o reboque, a Dakota terá tração para até 3.500 kg com freio, colocando-a em pé de igualdade com as principais concorrentes do segmento.
A suspensão dianteira será do tipo Double Wishbone, independente, enquanto a traseira utilizará um eixo rígido com feixe de molas semielípticas, configuração clássica das picapes médias. O conjunto de freios terá discos ventilados em todas as rodas, garantindo segurança adicional mesmo nos piores cenários de uso.
Design, conforto e tecnologia
Apesar de derivar da Titano, a Ram Dakota busca se diferenciar pelo visual imponente, com grandes faróis full-led e grade frontal robusta, além de detalhes próprios da marca Ram, alinhando-se à proposta de veículos maiores e mais premium. O interior promete um acabamento superior ao da Fiat Titano, com materiais diferenciados, painel digital e central multimídia com tela grande.
Os equipamentos de conforto anunciados até o momento incluem ar-condicionado dual zone e chave presencial. Em relação à segurança, a Dakota deve vir com a mais recente geração de sistemas de assistência ao motorista (ADAS) e outros itens de segurança ativa e passiva, valorizando a tecnologia embarcada.
Posicionamento e expectativas de preços
A estratégia da Ram para o Brasil é posicionar a Dakota como referência premium entre as picapes médias, mirando concorrentes como Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger. O lançamento no Brasil em 2026 ajudará a fortalecer a presença da marca no segmento, em parceria com a Rampage, já produzida no país, e a Ram 1500, importada.
O preço final da Ram Dakota ainda não foi divulgado oficialmente pela Stellantis, mas veículos citados pela imprensa especializada estimam uma faixa de preço entre R$ 250.000 e R$ 300.000, o que reforçaria o posicionamento de topo da picape no mercado nacional. A expectativa dos analistas é que a Ram Dakota agregue força, capacidade, luxo e tecnologia, características marcantes da marca Ram, com foco em consumidores exigentes e empresas demandantes de veículos multimútuos.
Planejamento e projeções
A entrada da Dakota no mercado brasileiro faz parte de um projeto de longo prazo da Stellantis, que prevê o desenvolvimento de uma nova família de picapes médias para a região. O foco exportador da fábrica argentina reforça a importância do Mercosul na estratégia global da montadora, facilitando o acesso a outros mercados vizinhos e tornando o Brasil o centro das atenções para esse segmento nos próximos anos.
Com a produção já iniciada na Argentina, a Ram Dakota chega para reaquecer a concorrência no setor de picapes médias brasileiro, trazendo nova tecnologia, robustez e refinamento, valores fundamentais para a marca Ram. O lançamento oficial no Brasil, agendado para 2026, promete movimentar o mercado automotivo nacional e consolidar a presença da Stellantis no segmento utilitário leve.
Fonte: Auto Indústria