
Stranger Things revive os anos 80 com tramas cheias de mistério, e seus carros icônicos são essenciais para compor o cenário autêntico da cidade de Hawkins. Devido à trama da quinta temporada, não há veículos novos em cena, mas velhos conhecidos voltam em ação, destacando modelos como o BMW Série 7 de Steve Harrington e o Chevrolet Camaro de Billy Hargrove.
No início da série, Steve Harrington, o garoto riquinho e namorado de Nancy Wheeler, dirige um BMW 733i de 1983. Esse era o topo de linha da marca bávara nos EUA, competindo com a Mercedes-Benz no segmento de luxo, sem perder a esportividade. Equipado com motor de seis cilindros em linha, trouxe inovações como check control eletrônico para luzes e fluidos do motor. Na maior parte da série, serve como transporte, mas na quinta temporada aparece em cenas de ação.

O Camaro Berlinetta de Billy Hargrove
Na segunda temporada, o “bad boy” Billy Hargrove e sua irmã Max chegam em um Chevrolet Camaro 1979 Berlinetta, com saias e spoilers do modelo esportivo e rodas do início dos anos 70 – modificações típicas de um jovem customizando seu carro usado. A aparição é curta, durando duas temporadas, com um final trágico, e o veículo não retorna nem em flashbacks. Outras fontes mencionam o Chevrolet Camaro Type LT da segunda geração, final dos anos 70, com tração traseira, motor V8 5.7 de 172 cv e 37 kgfm de torque, acelerando de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos, pesando 1.630 kg e atingindo 198 km/h, apesar do câmbio automático de três marchas.

O SUV do Xerife Hopper e o Carro de Joyce Byers
Em uma série ambientada nos anos 80 no interior dos EUA, o xerife Hopper dirige um Chevrolet K5 Blazer de 1987, um SUV grande de duas portas com chassi de picapes e tração 4×4. Lançado em 1969 como resposta ao Ford Bronco, a carroceria vai de 1973 a 1991, e o ano é identificado por grade e emblemas – um leve anacronismo para os detalhistas. Joyce Byers, mãe divorciada com dificuldades financeiras, usa um Ford Pinto 1976 Runabout, carro de entrada durante a crise do petróleo. Nos anos 80, era extremamente barato, mas com fama ruim por explodir em batidas traseiras devido a falha de projeto da Ford não corrigida. A carroceria hatch tem tampa com abertura junto do vidro, similar ao VW Passat brasileiro.
A Perua de Luxo da Família Wheeler
A família Wheeler exemplifica a garagem típica americana: pais com carro para trabalho e perua para família. Nancy ganha a Mercury Colony Park entre a terceira e quarta temporadas, mas ela aparece desde a primeira. É a perua mais luxuosa e maior da Ford, na plataforma Panther com chassi separado, medindo 5,56 m de comprimento e levando oito passageiros: três na frente, três no meio e dois em bancos escamoteáveis no porta-malas. O modelo da série parece completo, com raras rodas de liga leve.

Outros carros icônicos de Stranger Things incluem o Ford LTD 1971, maior carro da Ford, símbolo de luxo com motor V8 7.0 de 365 cv brutos e câmbio automático de três marchas; o BMW 733i 1982, sedã alemão de seis cilindros 3.2 litros e 184 cv, acelerando de 0 a 100 km/h em 10,9 s; o Oldsmobile 442, cupê V8 455 de 350 cv, de 0 a 100 km/h em 8,9 s e quarto de milha em 15,2 s; e o AMC Pacer Wagon, modelo estranho dos anos 70 da AMC (Chrysler), com visual futurista que reforça o clima de mistério da Netflix. O Ford Pinto de 1976 também traz realismo às cenas familiares de Joyce Byers.
Esses veículos não são meros acessórios: refletem personalidades, status social e era, tornando Stranger Things um tributo aos clássicos americanos e importados dos anos 70 e 80. Sua presença reforça o impacto cultural da série, revivendo ícones automotivos em meio a aventuras sobrenaturais.


Fonte: Canaltech