
Cliente celebra a compra de um Fiat Mobi, beneficiado pelo IPI Verde, na concessionária.
O governo federal oficializou nesta quinta-feira (10) a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para uma lista inicial de carros classificados como sustentáveis. A medida foi viabilizada por meio do decreto que institui o IPI Verde e celebra o novo modelo do Carro Sustentável, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir desta sexta-feira, 11 de julho, estes automóveis deixarão de pagar o imposto de 5,27% que incidia até então sobre veículos 1.0.
Quais carros têm IPI zero?
Conforme acesso da reportagem da AutoIndústria à lista oficial dos primeiros inscritos, os modelos beneficiados pelo IPI zero, homologados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), são:
- Volkswagen Polo
- Fiat Mobi
- Renault Kwid
- Hyundai HB20
- Hyundai HB20S
- Chevrolet Onix
- Chevrolet Onix Plus
- Fiat Argo (com exceção da versão 1.3 CVT)
Ademais, os SUVs compactos Citroën C3 e Balsat também se inscreveram para a mobilidade do Carro Sustentável. Entretanto, até a publicação, a Stellantis não havia confirmado se esses modelos já estão contemplados pela isenção do IPI.
Criterios para IPI zero
Para que os veículos sejam elegíveis à isenção do imposto, eles devem atender a exigências específicas, como:
- Baixa emissão de poluentes
- Mais de 80% de materiais recicláveis em sua composição
- Ser totalmente fabricados no Brasil
- Classificados como carros compactos
Modelos que não atendem a esses critérios terão aumento na alíquota do IPI de 5,27% para 6,3%.
Duração e impactos da medida
O IPI zero para carros sustentáveis valerá até o final de 2026. Segundo comunicado das montadoras de veículos e concessionários, a expectativa é que, com o fim da incidência do imposto em vigor para modelos populares de entrada, o valor inicial dos automóveis caia de cerca de R$ 80 mil para R$ 76 mil. Além disso, há perspectiva de descontos adicionais promovidos pelas fabricantes para estimular o mercado.
Com a medida, segundo projeções baseadas nas vendas de 2024, cerca de 60% dos veículos comercializados poderão ser beneficiados, sem impacto fiscal ao governo.
Fonte: AutoIndústria