Montadora

Ford alerta: ‘Se perdermos para a China, a Ford não terá futuro’

Segundo o executivo, o futuro da Ford está ameaçado caso a empresa não consiga competir no mesmo ritmo e com a mesma eficiência apresentada pela China no mercado automotivo mundial.

Retrato realista de Jim Farley, CEO da Ford, com fundo de gráficos de mercado e carros elétricos chineses.

Jim Farley, CEO da Ford, expressa preocupação com o avanço chinês no mercado automotivo.

Ford enfrenta ameaça chinesa e aponta riscos para o futuro global

Em pronunciamento recente, o CEO da Ford, Jim Farley, fez um alerta contundente sobre os riscos que a companhia corre diante do avanço das montadoras chinesas, especialmente no segmento de veículos elétricos. Segundo o executivo, o futuro da Ford está ameaçado caso a empresa não consiga competir no mesmo ritmo e com a mesma eficiência apresentada pela China no mercado automotivo mundial.

Competição global e inovação tecnológica

Durante sua fala, Farley ressaltou: “Estamos em uma competição global com a China, e não é apenas sobre veículos elétricos. Se perdermos isso, não teremos futuro na Ford”. O executivo destaca que a concorrência se estende para além dos modelos 100% elétricos e envolve eficiência operacional, custos de produção e adoção rápida de novas tecnologias.

O domínio chinês se traduz em avanços como integração de tecnologias de ponta a custos competitivos, o que impõe desafios adicionais às montadoras ocidentais. Modelos chineses, como o YU7 da Xiaomi, já oferecem desempenho elevado, peso reduzido e autonomia de até 600 quilômetros, o que estabelece um novo patamar no mercado internacional. Diante disso, executivos da Ford reconhecem a necessidade de acelerar a inovação para evitar perda de participação de mercado.

Mudança estratégica e novos rumos para a Ford

Como resposta ao crescimento chinês, a Ford anunciou uma importante alteração em sua estratégia global. Em agosto de 2024, o CFO da empresa, John Lawler, revelou um investimento de US$ 2 bilhões que antes estava destinado ao desenvolvimento de SUVs totalmente elétricos, mas que agora será voltado para modelos híbridos. Essa decisão reflete a busca da marca por alternativas que conciliem eficiência energética e preferência do consumidor, especialmente em mercados com ritmo de adoção de elétricos mais lento em relação à China.

O movimento da Ford considera também as diferenças regulatórias entre os países. Enquanto a China possui políticas mais ágeis para impulsionar a indústria de elétricos, nos Estados Unidos o processo é mais burocrático, com incentivos fiscais e normas ambientais complexas, dificultando a resposta das montadoras americanas.

Impacto para a indústria automotiva

A declaração de Farley serve como um alerta não apenas para a Ford, mas para todo o setor automotivo ocidental. O CEO afirma que “o desafio operacional está em igualar a eficiência produtiva da China ao mesmo tempo em que investimos em tecnologia de próxima geração”. Especialistas apontam que essa corrida por inovação poderá gerar veículos mais acessíveis, tecnologicamente avançados e com maior apelo ao consumidor global.

No entanto, o ajuste estratégico pode trazer impactos de curto prazo para empresas que precisarão adaptar suas operações e acelerar investimentos. O domínio chinês, exemplificado por marcas como BYD e Xiaomi, força concorrentes tradicionais a repensarem suas plataformas, cadeias de suprimentos e políticas de preços.

Conclusão

O posicionamento da liderança da Ford evidencia a dimensão do desafio imposto pelos fabricantes chineses e a necessidade urgente de adaptação para garantir a sobrevivência no mercado mundial. As decisões recentes da montadora mostram um caminho de transição, priorizando tecnologias híbridas e a busca por eficiência, numa tentativa de equilibrar competitividade com inovação diante do avanço chinês.

Fonte: Quatro Rodas

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