
Picape da Chery surge como destaque ao combinar alternativas de motorização diesel e sistema híbrido plug-in, estratégia considerada inovadora no segmento de picapes médias. A fabricante chinesa vem desenvolvendo propostas específicas para o mercado australiano, com destaque para o lançamento de uma picape denominada ‘Super Hybrid’, que promete unir autonomia elétrica significativa com a tradicional robustez dos motores a diesel.
Nova configuração híbrida é o foco da Chery
Conforme informações reveladas até o momento, são ofertadas configurações com motor 2.3 turbodiesel produzindo 161 cv de potência e 42,8 kgfm de torque. Essa opção já foi anunciada em mercados como o uruguaio. Entretanto, para o futuro próximo, a empresa projeta uma configuração híbrida plug-in composta por motor diesel, capaz de entregar autonomia de 100 km apenas no modo elétrico além do funcionamento convencional a diesel.
Sobre a robustez, ponto tradicionalmente valorizado nesse segmento, a picape mantém capacidade de carga de uma tonelada e capacidade de reboque com freio de 3.500 kg. Esses valores se alinham à média do segmento das picapes médias concorrentes no mercado internacional.
Declarações oficiais e perspectivas de mercado
Lucas Harris, diretor de operações da Chery Austrália, detalhou que a presença do sistema híbrido plug-in a diesel na picape é ‘muito provável’. O executivo disse: “Temos opções a diesel, diesel híbrido, diesel híbrido plug-in e gasolina híbrido plug-in (para a picape Chery de 2026)”. E ainda ressaltou: “De todas as opções disponíveis, o híbrido plug-in a diesel é, na minha opinião, a mais empolgante”.
Harris explicou que a tecnologia híbrida diesel-plug-in oferece, simultaneamente, o torque alto em baixas rotações típico do diesel e a economia de combustível proporcionada pela parte elétrica. Inclusive, reforçou que a fabricante pretende oferecer a picape, no mercado australiano, somente com tecnologia híbrida, justificando pela potencial competitividade de preços: “Acredito que conseguiremos ter um preço suficientemente atrativo com essa tecnologia híbrida, o que significa: por que alguém iria querer a tecnologia antiga?”.
Ainda segundo a reportagem, a adoção desse tipo de tecnologia ainda é rara no cenário automotivo mundial. Normalmente, veículos a diesel usam sistemas híbridos leves de 48V, como ocorre na Toyota Hilux. Porém, o Q7 da Audi foi uma exceção na Austrália, tendo sido ofertado entre 2017 e 2019 com sistema híbrido plug-in diesel.
Possíveis cenários para Brasil e América do Sul
Não há confirmação de que a picape em questão será a Chery Himla, já disponível no Uruguai e prevista para ser produzida no Brasil na fábrica de Anápolis, Goiás. Até o momento, as versões reveladas contam com o motor 2.3 turbodiesel de 161 cv e 42,8 kgfm de torque, mas a expectativa para os próximos anos é de ampliação das configurações, inclusive com tecnologias híbridas plug-in, alinhadas ao movimento de eletrificação automotiva.
Com isso, a Chery sinaliza a intenção de posicionar sua picape não apenas como concorrente direta de modelos tradicionais, mas também como alternativa inovadora no setor, explorando uma combinação ainda pouco frequente entre eletrificação e robustez diesel, com potencial para ampliar sua presença nos mais diversos mercados.
Fonte: Quatro Rodas