
Foto: Divulgação/Diogo Jota
Testemunha do acidente envolvendo Diogo Jota afirma que não houve excesso de velocidade
Dois motoristas portugueses atuaram como testemunhas do acidente fatal que matou Diogo Jota e André Silva na rodovia A-52, na Espanha. Os relatos deles divergem das conclusões iniciais da Guarda Civil do país, que apontaram para uma possível velocidade excessiva como causa principal do acidente com um Lamborghini Huracán.
Motoristas dão detalhes e rebatem versão oficial espanhola
No acidente, ocorrido na madrugada de 10 de julho de 2025, os testemunhos recolhidos pelo jornal português Correio da Manhã apontam que o veículo conduzido por Diogo Jota foi visto trafegando em “velocidade moderada”, negando-se a hipótese de imprudência ao volante. O motorista José Aleixo Duarte relatou ter sido ultrapassado pela Lamborghini apenas cinco minutos antes da colisão e reforçou que os ocupantes do carro não estavam em alta velocidade.
De acordo com José Aleixo Duarte, o estado da rodovia A-52 era considerado problemático. O caminhoneiro, após presenciar o acidente, tentou combater as chamas no veículo, mas não conseguiu êxito. Segundo ele, “havia o ‘mau estado’ da rodovia”, fator utilizado para explicar a tragédia, frequente entre condutores portugueses que transitam pelo norte de Espanha ou com destino à França.
Outro caminhoneiro também saiu em defesa dos irmãos portugueses nas redes sociais. Ele afirmou: “Eu filmei, parei, tentei ajudar, mas infelizmente não pude fazer nada. Estou com a consciência tranquila. A família tem a minha palavra de que eles não estavam em alta velocidade. Eles estavam dirigindo com muita calma”, declarou. Este motorista disse estar habituado a trafegar naquele trecho e reforçou: “Eu sei que estrada é essa e já vi coisas realmente ultrajantes de outros carros, mas eles estavam dirigindo com muita calma.”
Autoridades mantêm hipóteses sobre causas do acidente
O relatório preliminar da Guarda Civil de Zamora apresentou como causas prováveis do acidente um problema em um dos pneus do veículo e velocidade excessiva. No entanto, as testemunhas contestam expressamente esta última hipótese e reforçam que os fatos presenciados contradizem a versão oficial. As circunstâncias precisas do acidente seguem em investigação, enquanto novos depoimentos são analisados.
Diante do alto grau de comoção e repercussão internacional da morte do atleta, os relatos dos motoristas portugueses trazem novos elementos para a apuração, especialmente quanto às condições da via e ao comportamento de Diogo Jota ao volante, negando imprudência por parte do ex-jogador do Liverpool e seu irmão.
Fonte: AutoPapo