A Renault revelou uma novidade no mercado brasileiro: uma picape derivada do Duster, que se diferencia da Oroch. O lançamento vem acompanhado de expectativas e questionamentos quanto à sua proposta, posicionamento e aceitação.
Segundo matéria da Quatro Rodas, o modelo apresentado utiliza a base do Duster de segunda geração, ainda comercializado no Brasil, e não guarda relação com a Oroch, picape derivada do Duster já conhecida. A nova picape foi projetada por um fabricante independente e não faz parte do portfólio oficial da Renault, embora utilize componentes do SUV.
O veículo foi desenvolvido pela K1, empresa com tradição em adaptações automotivas no país. Sua carroceria foi modificada a partir do Duster, com inclusão de uma caçamba que confere as características típicas de picape. Contudo, a transformação adotou soluções técnicas e estéticas consideradas “duvidosas” por especialistas, e o resultado estético diverge das opções já disponíveis no segmento.
A picape, segundo a publicação, está homologada e pode ser vendida no mercado nacional. Ela está disponível sob encomenda, e o processo de adaptação inclui reforço estrutural na suspensão, instalação de um assoalho metálico, proteção plástica para a caçamba e acabamento interno personalizado.
O modelo mantém os motores 1.6 SCe e 1.3 TCe flex, com transmissão automática CVT, características herdadas do Duster. Não há modificações no conjunto mecânico original.
A caçamba, ponto central da transformação, apresenta dimensões restritas e capacidade de carga limitada, inferior à média das picapes nacionais. O acabamento revela componentes plásticos expostos e soluções que visam custo acessível, porém diferem das tradicionais picapes de fábrica.
Outro destaque é o preço. A matéria da Quatro Rodas informa que o valor cobrado pela conversão é de R$ 30 mil, somado ao preço do Duster de origem, representando uma alternativa mais barata diante do investimento necessário para adquirir modelos de picape mais robustos do mercado brasileiro.
A Renault não participa do desenvolvimento, comercialização ou pós-venda do produto. Todo o suporte é oferecido pela K1, responsável por adaptações de outros SUV em picapes no país.
A proposta inédita chamou atenção por oferecer uma alternativa de picape acessível, embora limitada em usabilidade e longe do padrão de acabamento e robustez visto nas picapes Renault Oroch e suas concorrentes diretas. O lançamento divide opiniões entre os que buscam versatilidade por preço baixo e os que questionam a viabilidade da transformação para uso intenso.
Fonte: Quatro Rodas